A escritora e cordelista Jarid Arraes, autora da coletânea Heroínas negras brasileiras: em 15 cordéis participará do evento na USP – Fotomontagem: Reprodução Facebook / Amazon

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A escritora e cordelista Jarid Arraes, autora da coletânea Heroínas negras brasileiras: em 15 cordéis participará do evento na USP – Fotomontagem: Reprodução Facebook / Amazon

Escrevivência e Educação Literária: Para Quem Vou Cantar em Cordel terá participação da escritora Conceição Evaristo, titular da Cátedra Olavo Setubal de Arte, Cultura e Ciência da USP, e da cordelista Jarid Arraes

Quem são as heroínas do povo? E onde suas histórias estão sendo contadas? Na próxima segunda-feira, 24 de outubro, das 16 às 18 horas, o Instituto de Estudos Avançados da USP promove Escrevivência e Educação Literária: Para Quem Vou Cantar em Cordel. O evento terá a conferência da cordelista e escritora Jarid Arraes, autora do premiado “Redemoinho em dia quente“, vencedor do Prêmio Biblioteca Nacional, do APCA de Literatura na Categoria Contos, e finalista do Prêmio Jabuti.

Além da conferência, o evento realizará um debate entre Mara Evaristo, gerente das Relações Étnico-Raciais na Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, e Ana Paula Tavares Magalhães, coordenadora do Grupo de Investigações sobre as Pluralidades e a Ambiguidade da Condição Humana (Inpar).  A moderação será feita por Ludmilla Lis, mestra em relações étnico-raciais, ativista, atriz e produtora. A coordenação é da escritora Conceição Evaristo, titular da Cátedra Olavo Setubal de Arte, Cultura e Ciência do IEA, e de Martin Grossmann, coordenador acadêmico da Cátedra.

O evento é público, gratuito e será transmitido pelo site do IEA, além do canal do IEA no youtube. No player abaixo, é possível ativar e receber uma notificação quando a transmissão começar. 

As histórias, as realizações de pessoas das classes populares, notadamente das mulheres, são ações desconhecidas pelo relato histórico, deixando um vazio que permite perguntar: quem são as nossas heroínas, as do povo, as do cotidiano, que não estão inscritas na História? O evento integra as ações do curso Escrevivência e Educação Literária, do IEA 

Personagens desconhecidos, espaços informais

Historicamente, os espaços responsáveis pela educação formal tendem a apresentar como vidas exemplares a trajetória de grandes heróis, na maioria homens, conhecidos pelos seus grandes feitos. Conquistas, guerras, batalhas vencidas, invenções, lideranças, etc. As histórias, as realizações de pessoas das classes populares, notadamente das mulheres, são ações desconhecidas pelo relato histórico, deixando um vazio que nos permite perguntar quem são as nossas heroínas, as do povo, as do cotidiano, que não estão inscritas na História. Entretanto, as estratégias de sobrevivência empreendidas no cotidiano das famílias precisam e podem ser compreendidas por estudantes como chaves de leitura e de compreensão da sua própria vida e do grupo social em que têm envolvimento.

De acordo com a organização do evento, a Cátedra Olavo Setubal de Arte, Cultura e Ciência busca repensar o ensino e o aprendizado da Literatura e da Língua Portuguesa em diálogo com diversas áreas do conhecimento, tendo como foco novos olhares. Em especial, aqueles vindos das experiências literárias e linguísticas não canonizadas pelos espaços oficiais de veiculação da cultura letrada acadêmica.

Saiba mais: http://e.usp.br/lrr